O Nubank divulgou recentemente os resultados do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de impressionantes US$ 557 milhões. Embora os números iniciais tenham agradado o mercado, um relatório da XP Investimentos trouxe um alerta importante: parte desse resultado pode estar inflada por efeitos não recorrentes, o que levanta dúvidas sobre a sustentabilidade do crescimento da fintech.
Segundo análise da XP, o lucro líquido recorrente excluindo o impacto de créditos fiscais teria sido de US$ 515 milhões, valor 4% abaixo das expectativas. Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) caiu para 25%, marcando o segundo trimestre consecutivo de queda. Para a corretora, esse dado é um sinal amarelo para investidores que buscam empresas com crescimento sólido e consistente.
Outro ponto de atenção apontado no relatório é o aumento nas provisões para perdas com crédito, que alcançaram US$ 974 milhões. Esse valor representa um crescimento significativo na comparação anual e reflete o cenário macroeconômico ainda desafiador para o setor bancário digital.
Apesar disso, o Nubank segue apresentando avanços notáveis em sua base de clientes, que chegou a 118,6 milhões, e em sua receita total, que cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2024. A carteira de crédito também mostrou força, alcançando US$ 24,1 bilhões.
A XP manteve sua recomendação neutra para o papel ROXO34, negociado na B3, e reforçou a necessidade de análise criteriosa por parte dos investidores. A empresa enxerga potencial, mas ressalta que os próximos trimestres serão cruciais para entender se os resultados positivos podem ser mantidos sem depender de fatores extraordinários.
Conclusão:
Embora os números do Nubank no 1º trimestre de 2025 mostrem crescimento, o relatório da XP evidencia que nem tudo é tão roxo quanto parece. Para quem investe ou acompanha o setor de fintechs, o momento exige atenção redobrada e análise aprofundada dos fundamentos por trás dos resultados.