O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou oficialmente a unidade que investigava o escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA, promovida por ele mesmo em fevereiro de 2025. A decisão tem gerado forte repercussão no cenário político e econômico do país, levantando suspeitas de tentativa de obstrução das investigações.
O escândalo da $LIBRA
O caso ganhou notoriedade após Milei divulgar a criptomoeda $LIBRA em suas redes sociais como uma suposta iniciativa privada que traria crescimento à economia argentina. O anúncio causou um aumento explosivo no valor do token, que foi de centavos a mais de US$ 5 em poucos minutos.
No entanto, logo em seguida, o ativo desabou, resultando em prejuízos estimados em mais de US$ 250 milhões e afetando mais de 44 mil investidores. Apesar de negar envolvimento direto, Milei apagou as publicações e alegou desconhecer os responsáveis pelo projeto. Porém, investigações apontam que figuras próximas ao presidente, incluindo o assessor Mauricio Novelli, teriam ligações com o lançamento do token.
Fim da unidade investigativa
A Unidade de Tarefas de Investigação (UTI), criada pelo próprio governo para apurar o caso, foi encerrada via decreto presidencial no início de maio. Segundo o governo, a UTI “cumpriu suas funções” e, portanto, não seria mais necessária. O decreto foi assinado por Milei e pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.
A medida foi recebida com duras críticas por parte da oposição e de órgãos de controle, que consideram o encerramento precoce e sem a devida transparência. Parlamentares argentinos e ativistas jurídicos acusam o governo de tentar desmobilizar as investigações em curso.
Investigações continuam na justiça
Apesar da decisão do Executivo, o escândalo continua sendo investigado pela Justiça Federal da Argentina, sob comando da juíza María Servini. Autoridades argentinas já determinaram o bloqueio de bens de envolvidos e iniciaram a análise de movimentações financeiras ligadas ao caso.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos também está apurando o ocorrido, especialmente após denúncias formais feitas por cidadãos norte-americanos que teriam perdido dinheiro com o colapso do token. Segundo fontes, o FBI está colaborando com autoridades argentinas para aprofundar as investigações.
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