A Meta Platforms Inc. (NASDAQ: META), uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, rejeitou de forma expressiva uma proposta que sugeria a adição de Bitcoin (BTC) ao seu balanço patrimonial. A decisão foi tomada durante a mais recente assembleia de acionistas, onde apenas 0,1% votaram a favor, enquanto 95% manifestaram-se contrários à ideia.
O que estava em jogo?
A proposta foi apresentada por Ethan Peck, membro do National Center for Public Policy Research (NCPPR), uma organização que defende políticas de livre mercado. Peck sugeriu que a Meta deveria diversificar seus ativos e proteger parte do seu caixa contra a inflação, investindo em Bitcoin.
Segundo ele, os ativos da empresa, atualmente avaliados em mais de US$ 72 bilhões em caixa e equivalentes, estão vulneráveis à perda de valor devido à inflação e políticas monetárias expansionistas. Ele destacou ainda que, nos últimos cinco anos, o Bitcoin superou amplamente o rendimento dos títulos tradicionais, apresentando uma valorização de mais de 1.200%.
Por que a proposta foi rejeitada?
Apesar dos argumentos favoráveis, a maioria dos acionistas da Meta optou pela prudência. As principais razões para a rejeição incluem:
- Alta volatilidade: o Bitcoin ainda é visto como um ativo extremamente volátil, o que pode representar riscos financeiros significativos.
- Foco no core business: a Meta continua priorizando investimentos que sustentem suas operações principais, como o desenvolvimento do metaverso, inteligência artificial e expansão de sua infraestrutura tecnológica.
- Regulação e compliance: o ambiente regulatório para criptoativos ainda é incerto, especialmente para grandes corporações listadas em bolsas de valores.
Tendência entre big techs
A Meta não está sozinha nessa decisão. Recentemente, outras gigantes do setor também rejeitaram propostas semelhantes:
- Microsoft: recusou a sugestão de alocar parte de seus mais de US$ 480 bilhões em Bitcoin.
- Amazon: avaliará proposta semelhante ainda este ano, mas o mercado já especula que a empresa seguirá a mesma linha conservadora.
Esse padrão revela uma tendência entre as big techs: apesar do crescente interesse pelo mercado cripto, ainda prevalece a cautela quando se trata de incluir ativos digitais nos balanços corporativos.
Impacto no mercado de criptomoedas
A decisão da Meta é um sinal importante para o mercado cripto. Embora algumas empresas, como a MicroStrategy, tenham abraçado fortemente o Bitcoin como ativo de reserva, a maioria das grandes corporações mantém-se hesitante.
Especialistas apontam que, para uma adoção mais ampla, será necessário: Maior estabilidade de preço do Bitcoin. Avanços no arcabouço regulatório global. Desenvolvimento de produtos financeiros que permitam uma exposição mais segura ao ativo.
Apesar da rejeição, o debate sobre a inclusão de criptoativos em tesourarias corporativas deve continuar ganhando força nos próximos anos. A proposta rejeitada pela Meta serve como um termômetro importante da percepção institucional sobre o Bitcoin, evidenciando que o caminho para uma aceitação mais ampla ainda será gradual.
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